sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Regra dos Terços

A "regra dos terços" é talvez uma dos princípios mais estudados em cursos de fotografia, como um princípio de enquadramento e disposição de elementos na foto.

Atende pelo nome "regra dos terços", porém, um conjunto de princípios bem mais profundos, que dizem respeito a composição como um todo.

De maneira bem resumida, a proporção de 2:1, segundo George Field, em seu livro "Chromatics", é a que melhor orientaria o artista, tanto em proporções de elementos na cena, como em proporções de cores quentes com cores frias na pintura (o livro é de 1845, e a fotografia colorida comercial, como a conhecemos, teve suas raízes 90 anos depois)

Talvez a ilustração mais pitoresca da aplicação deste princípio às cores seja o clip musical da Enya, da música Amarantine:


Perdoem-me que não é uma foto, mas sim um vídeo.

A questão toda é que o vídeo todo parece ter sido produzido com essa preocupação em mente: a maior parte das cenas (especialmente o fundo) é de cores frias (azul, verde), e a personagem está vestida com a mais quente das cores (o vermelho).

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É uma pena que o áudio deste vídeo específico não esteja à altura da música: é mono. Quem for meio obsessivo e tenha uma compulsão por fones de ouvido de boa qualidade, clique aqui https://www.youtube.com/watch?v=Dcw-iJWbT2c que está muito melhor, ou então compre a música nas lojas de músicas online, o CD numa loja ou sebo, etc...

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Perdoem que minha fonte seja a Wikipedia -- que me é provavelmente tanto quanto para vocês.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Primeira exposição de Ansel Adams no Brasil, em 2015

O ano de 2015 está começando muito bem para os amantes da fotografia:
Um dos mestres e pioneiros da fotografia, o norte-americano Ansel Adams (1902-1984) tem sua primeira exposição na América Latina em 2015. A mostra "Ansel Adams, Paisagens de Luz e Som" apresenta 180 obras do artista em temporadas em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.


A primeira cidade a receber a mostra é São Paulo, entre julho e agosto, no Instituto Tomie Ohtake. Depois segue para Belo Horizonte, de setembro a novembro de 2015; Curitiba, entre janeiro e março de 2016; e termina sua passagem pelo Brasil em Recife, de abril a maio de 2016.

Confira mais informações no site do UOL: http://guia.uol.com.br/noticias/2014/10/01/mestre-da-fotografia-ansel-adams-tem-primeira-exposicao-no-brasil-em-2015.htm

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Ansel Adams foi um fotógrafo norte-americano, famoso por imortalizar as paisagens do Parque Nacional de Yosemite, no estado da Califórnia, Estados Unidos.

Seu estilo fotográfico foi caracterizado por imagens com grande nitidez, e manipulações na claridade das diferentes áreas da fotografia, sempre de maneira cuidadosa para que não parecessem ter sofrido alterações.

É de sua autoria a técnica conhecida como "sistema de zonas", para determinar a exposição correta, dentro da intenção do fotógrafo.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Uma dica simples de fotografia

Apesar de todas as vantagens que o formato RAW tem sobre o JPG, uma dica simples para que as fotos saiam um pouco mais bonitas sem muito trabalho, é ajustar o white balance da câmera para "nublado" ou "ensolarado", a despeito de tudo.

A razão é simples: a foto vai sair um pouco mais amarelada, e isso a deixa mais bonita.

Foto tirada com white balance automático

Foto tirada com white balance manual, no ajuste "nublado"

As ciências das cores são muito subjetivas, mas na minha percepção, a segunda foto possui um tom mais atraente do que a primeira.

Certamente há quem ache o contrário.

Num próximo artigo, abordarei o white balance de uma maneira um pouco mais detalhada.

Em tempo: white balance deve ser traduzido por "equilíbrio de branco", e não pelo falso cognato "balanço de branco".

domingo, 14 de setembro de 2014

Protegendo seu computador contra vírus de laboratórios fotográficos

Todo mundo uma hora vai querer revelar/imprimir suas fotos digitais para o papel fotográfico.


Isso é muito legal, mas com arquivos digitais não se brinca. Os vírus de computador são um problema sempre presente. Nem sempre os antivírus detectam todas as ameaças.


(A turma do Linux não precisa continuar a leitura se não quiser...)

Uma saída interessante é enviar os arquivos por email para o laboratório fotográfico. Pode ser antecipadamente, de casa, ou usando um smartphone, a partir dos armazenamentos online (Google Drive, OneDrive, etc) lá no laboratório mesmo.

A segunda saída é levar os arquivos por pendrive até o laboratório. Isto é altamente desaconselhável, porque os computadores dos minilabs estão sempre cheios de vírus. Não adianta eles dizerem que têm o antivirus "xyz", etc., porque você NÃO VAI QUERER DESCOBRIR que este antivirus não funcionou justo com você.

Uma excelente alternativa a isso é a seguinte:

  1. Compre um cartão de memória (ou pegue um cartão extra da sua câmera);
  2. Compre um leitor de cartão de memória USB para este cartão;
  3. Grave suas fotos neste cartão e leve ao laboratório;
  4. Uma vez impressas as fotos, formate este cartão na máquina fotográfica, antes de usar no seu computador.

Exemplo de leitor de cartões de memória

Esta câmera fotográfica usa cartão "SD"

Tela de formatação do cartão de memória na câmera (1)

Tela de formatação do cartão de memória na câmera (2)

A razão disso é que as câmeras digitais são imunes aos vírus de computador. É a melhor coisa do mundo.

Uma vez o cartão formatado na câmera, ele estará livre de vírus. Não adianta pedir para formatarem o cartão no computador do laboratório fotográfico, por motivos óbvios.

Há casos em que o usuário transfere as fotos da câmera para o computador através de um cabo USB. Em algumas câmeras, é possível transferir fotos e arquivos do computador para o cartão da câmera, como se ela fosse um pendrive. Nesse processo tudo permanece igual: reserve um cartão para levar os arquivos para o laboratório fotográfico e, na volta, formate na câmera antes de ligá-la no computador.

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A explicação é a seguinte: Vírus precisam de sistema operacional para rodar, e tem que ser o sistema operacional certo. O das câmeras é incompatível com o dos computadores (além de ser muito específico para processar imagens, e apenas ler e escrever arquivos de imagens no cartão).


Usando a palavra certa: "revelar" vs "imprimir"

Câmera fotográfica e filme fotográfico

Este post é apenas para esclarecer o verbo "revelar".

No tempo do filme fotográfico, ao processo de "levar o filme e trazer as fotos" as pessoas chamavam de "revelar".

Vamos esclarecer:

Revelador, interruptor e fixador: Químicos usados na revelação do filme fotográfico

"Revelar (o filme)" é o processo de colocar o filme nos banhos químicos, esperar, secar, etc... deixando-o pronto para transferir as imagens para o papel fotográfico (ou usar num projetor de slides... uma espécie de datashow de antigamente). Repare que a pessoa poderia apenas revelar, e não ampliar/copiar as fotos.

Filme sendo colocado no caracol, para depois ser imerso no revelador

O processo de passar as fotos do filme para o papel fotográfico é chamado de "imprimir" ou "copiar". Estritamente falando, há realmente uma revelação no papel fotográfico, mas isso fica abstraído no conjunto de processos.

No ampliador, o filme é colocado na parte superior, e o papel fotográfico virgem na parte inferior. A luz é ligada por alguns segundos e a imagem é transferida.

Só que, por tradição, as pessoas continuam usando o verbo "revelar" para fotos digitais. Como todos sabem do que se trata, não há problema; é a língua evoluindo.

Rigorosamente, não faz sentido falar em "revelação digital", já que não há o que se revelar nesse caso. Poderia se alegar que há a revelação do papel fotográfico, mas o sentido no processo é outro; logo, não se justifica.

Enfim, este é o esclarecimento.

Neste blog, pretendo usar os verbos "imprimir" e "copiar" sem maiores distinções, e evitar o verbo "revelar" nesses casos, para manter um certo rigor linguístico.

Imagens obtidas da internet

domingo, 6 de outubro de 2013

"Caçadores da Alma" - programa de TV e filme

Recentemente, zapeando, encontrei um excelente programa de televisão intitulado "Caçadores da Alma".


A série foi dirigida por Silvio Tendler, e conta com a participação de ícones da fotografia, como Walter Firmo, Thomaz Farkas e Tiago Santana.

Cada episódio dura pouco menos de meia hora, e está disponível na íntegra na página do programa: http://www.tvbrasil.ebc.com.br/cacadoresdaalma

O programa também está sendo reprisado no canal TV Brasil, às 19h30, de segunda a sexta. Aparentemente são 13 episódios.

Neste programa, os convidados falam sobre suas experiências, acontecimentos marcantes, e fazem análises de algumas de suas obras.

O nome é uma referência a um vídeo muito mais antigo (1988), também de Silvio Tendler, disponível na página http://www.doc.unb.br/videos1.html. (58 min.)

Alguns dos fotógrafos aparecem em ambas, e algumas passagens são contempladas por uma segunda leitura na obra mais recente.

O primeiro (mais antigo) vale muito pelo aspecto histórico, para se conhecer o pensamento, o zeitgeist da fotografia na época.

São imperdíveis as menções e referências à tecnologia da época, notadamente sobre o filme fotográfico, suas virtudes e suas limitações. Destaque especialíssimo para a parte do fotógrafo Milton Montenegro, aos 42'30".

O segundo (mais novo), é muito mais maduro, atualizado quanto à técnica, a estética, a linguagem e ao aspecto social da fotografia.

É muito fácil e curioso notar essa evolução entre essas duas obras.

domingo, 26 de agosto de 2012

Primeiro post!

Finalmente o site está começando a funcionar! (ainda em versão beta)

Em breve, muito mais conteúdo.